Comprar melhor também reduz seus impostos
Com a carga tributária que incide sobre a pequena empresa, cada dia e cada centavo conta, para manter a saúde do negócio. Com o advento da generalização da substituição tributária, ocorreu que o pequeno comerciante praticamente passou a pagar impostos pela venda da mercadoria comprada, mesmo antes de (e se não) vendê-la.
A finalidade correta da compra também determina a tributação. Por exemplo, se você revende mercadorias com substituição tributária, junto com o preço e despesas acessórias dela, sua empresa já paga antecipadamente o ICMS das mesmas. Ou seja: se você revende, por exemplo, bebidas e consome um refrigerante de seu estabelecimento, bebeu junto o ICMS recolhido por substituição, diretamente do distribuidor ou fabricante que lhe forneceu. Na prática foi imposto “bebido”, pois poderia ter comprado para consumo, sem a substituição.
Comprar para a finalidade correta, com menores intervalos, escolher de quem comprar (dependendo do regime tributário e/ou localidade do fornecedor) e, principalmente, monitorar bem os estoques representam uma grande economia para o pequeno empresário.
O SEBRAE, em um de seus materiais de educação empresarial¹, levanta algumas indagações que o empreendedor deve fazer a si mesmo quase que diariamente.
- Quantos produtos eu devo comprar?
- Quando esta compra deve ser feita?
- Qual é o máximo de produtos que devo ter em meu estoque?
Uma gestão de estoques precisa de ferramentas eficazes², com as quais você consiga auditar quantos e quais itens vende mais e são imprescindíveis, quais vende menos e, dentre estes últimos, quais contribuem para a venda dos primeiros. A falta de um item secundário pode comprometer ou inviabiliza a venda de um item primário, mais importante, pois o seu cliente nem sempre terá tempo de fazer uma comprar fracionada, em mais de um fornecedor, dependendo do objetivo.
Ainda sobre a gestão de compras – e para responder àquelas questões acima -, o SEBRAE recomenda estudar alguns conceitos e, por necessidade e ter dados bem organizados em relatórios, o que requer um bom sistema de controle. Esses conceitos seriam:
- CONSUMO MÉDIO MENSAL
- TEMPO DE REPOSIÇÃO
- ESTOQUE DE SEGURANÇA
- ESTOQUE MÍNIMO (ou ponto de encomenda)
- ESTOQUE MÁXIMO
- TEMPO DE REPOSIÇÃO
- LOTE DE COMPRA
É crucial sair do lugar comum, no qual muitos empresários apenas se preocupam em emitir notas fiscais e fazem o restante “por instinto”, com pouco ou nenhum controle metódico pois acham que controlar toma muito tempo.
Mas é possível controlar economizando muito. Basta processar os dados das compras e movimentações de estoques, fazendo inventários rotativos e analisando seus dados. Boas ferramentas de gestão que existem no mercado servem de apoio.
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(1) FONTE: SEBRAE, 2014. http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/73875975b704b72c986294f60a66a801/$File/5482.pdf
(2) Consulte sempre o www.nuvemerp.com.br.